Akuro-Ou é o nome para o mau espírito de Aterui, o líder do Emishi, uma das antigas populações indígenas do Japão. Depois de uma vitória devastadora sobre o imperador japonês para manter seu povo de ser colonizado Aterui e seu Chefe General das more tiveram que se render e acabaram sendo executados. como resultado, Aterui foi demonizado até o século 20 como um fantasma vingativo.

Os Emishi (虾夷?) foram um grupo essencialmente tribal do Japão, que viveu no nordeste da ilha de Honshu na região de Tohoku, e nas ilhas de Hokkaido, Curilas e Sacalina. Eram anteriormente denominados michi no oku (道の奥?). Os Emishis viveram na altura da invasão turaniana das ilhas a partir da Coréia e foram sendo empurrados pro Norte até certa latitude onde ficaram em relativo empate técnico por período razoável, porém já bastante adulterados pela interação com os Yamatos; ainda assim deixaram como legado a forte presença do sangue tipo A no Japão (atípico em raças amarelas e comum em raças ocidentais, o que evidencia uma origem europóide que foi gradualmente se mongolizando mas deixando sua marca genética até mesmo no tipo sanguíneo nipônico).

 

 

 

História:

Os Emishi eram formados por diferentes tribos; algumas tornaram-se aliadas dos japoneses (fushu, ifu), enquanto outras permaneceram hostis à integração (iteki).

Os Emishi no nordeste (Honshū) dependiam de seus cavalos para a guerra; eles desenvolveram um estilo único de combate, no qual a cavalaria, armada com arco e flechas, usava táticas de guerrilha. Esse estilo se provou eficaz contra o exército imperial japonês, mais lento por ser constituído principalmente de infantaria pesada.

No século VIII, as tentativas de subjugar os principais grupos dos Emishi foram em grande parte infrutíferas. Os exércitos imperiais, modelados tendo como parâmetro os exércitos da China continental, não foram páreo para os táticas de guerrilha dos Emishi.

Sua sobrevivência era baseada na caça e coleta de alimentos, bem como no cultivo de cereais como a cevada. Há teorias recentes de que os Emishi também plantavam arroz, em áreas onde podia ser mais facilmente cultivado.

 

Guerra dos Trinta e Oito Anos

 

O ano de 774 AD marcou o início da Guerra dos Trinta e Oito Anos "( 三十八年戦争), com a deserção de Korehari no kimi Azamaro, um oficial Emishi de alta patente no exército imperial japonês, baseado no castelo de Taga. Os Emishi contra-atacaram em uma ampla frente, começando pelo Castelo Momonohu, onde a guarnição ali estabelecida foi aniquilada. Em seguida, destruíram diversas fortalezas ao longo de uma linha defensiva, estabelecida cuidadosamente na geração passada pelos japoneses. Nem mesmo o Castelo de Taga foi poupado.


Sakanoue no Tamuramaro (坂上田村麻呂 758 -811), foi um general japonês e Shogun, do inicio do período Heian da História do Japão, era filho de Sakanoue no Karitamaro.

Principal oficial do general Ōtomo no Otomaro, dirigiu as operações contra os Emishi. Em 795, ele recebeu o título de Seii Taishōgun (征夷大将軍 «Grande General Apaziguador dos Bárbaros») depois de seu excelente trabalho em uma expedição vitoriosa.

 

 

Carreira militar

Servindo ao Imperador Kammu , foi nomeado shogun e dada a tarefa de conquistar os Emishi (虾夷征伐, emishi Seibatsu ), um povo nativo do norte de Honshu, que ele subjugou. Evidências recentes sugerem que a migração dos Emishi do norte de Honshu para Hokkaido ocorreu em algum momento entre os Séculos VII e VIII, talvez como resultado direto dessa política anterior á nomeação de Tamuramaro. No entanto, muitos emishi permaneceram na Região de Tōhoku, como vassalos da expansão japonesa e pelo posterior estabelecimento de domínios independentes dos Fushu (como chamavam os povos originários de Yamato).  Após a morte do Imperador Kammu, o general continuou a servir o Imperador Heizei e o Imperador Saga como Dainagon ( 纳言) e como Ministro da Guerra ( 兵部卿 Hyobu-kyō) . Tamuramaro foi o segundo homem a receber o título de shogun. O primeiro a receber este título foi Ōtomo no Otomaro.

Em 811, Tamuramaro morreu aos 53 anos, para grande pesar do Imperador Saga, que expressou seu sentimento de perda com a distribuição de grandes quantidades de pano de seda, tecido de algodão e arroz em homenagem a seu conselheiro morto. Seu arco, flechas, quiver e espada foram colocados em seu caixão por ordem do imperador.

 

Acredita-se estar enterrado no túmulo Shogunzuka (túmulo do Shogun), localizado em uma colina a leste de Kyoto.


Monumento em homenagem a Aterui em Hirakata
Monumento em homenagem a Aterui em Hirakata

Aterui (アテルイ, 阿弖流爲?) (falecido em 802 de Enryaku) era o chefe mais proeminente dos Emishi da tribo Isawa no norte do Japão.

Vida

Aterui nasceu em Mizusawa, atual Oshu cidade no sul da Província de Iwate . Nada se sabe de sua vida até a batalha de Vila Sufuse em 787. Em 786 Ki no Kosami Asami foi nomeado pelo Imperador Kammu como o novo General das Conquista do Leste junto com uma ordem para atacar Aterui. Em junho de 787 Kosami dividiu seu exército e enviou-os para o norte de Koromogawa nas duas margens do rio Kitakami esperando para surpreender Aterui em sua casa em Mizusawa. Queimando casas e plantações quando passavam, as tropas imperiais foram surpreendidos quando a cavalaria Emishi desceu as montanhas os empurrando para o rio. Mais de 1.000 soldados foram afogados no rio sob o peso de suas pesadas armaduras. Em setembro Kosami voltou a Kyoto , onde foi repreendido pelo Imperador Kammu por sua falha.

Vários outros ataques foram lançados contra Aterui de 795 a 801 sem que as forças imperiais alcançassem êxito. Mas naquele ano Sakanoue no Tamuramaro, fora nomeado Governador de Michinoku, e General da Guarda da Paz e Grande General Apaziguador dos Bárbaros do Leste (Seii Taishōgun) e teve como incumbência derrotar os Emishi insubordinados. Reuniu um exército de 40 mil soldados, e parecia que iria derrotar rapidamente os emishi, mas Aterui e More conseguiram escapar.

 

Em 802 Tamuramaro volta a Michinoku e constrói o Forte Isawa no coração do território Isawa. Aterui,  More e os poucos seguidores que restavam não aguentaram a fustigação do exército de Tamuramaro e acabam se rendendo com cerca de 500 guerreiros. O General Sakanoue leva Aterui e More para a capital onde foram executados.